domingo, 3 de março de 2013

Clima propicia aumento de casos de ferrugem asiática           
Especialista faz recomendações de como evitar a propagação da ferrugem nas lavouras
 

A safra 2013 tem apresentado um número maior de casos de ferrugem asiática na soja, comparado com a safra passada. Isto porque, conforme Marcelo Machado, Gerente de Negocios cereais Sul da Basf, a estiagem foi mais prolongada que este ano. “Com as precipitações dos últimos dias, o desenvolvimento da ferrugem deverá ocorrer de forma muito significativa e o produtor deve proteger sua lavoura com aplicação de fungicidas”, destaca.
Segundo Machado, o processo infeccioso se inicia quando os uredósporos germinam e produzem o tubo germinativo que cresce através da superfície da folha até se formar um apressório. A penetração ocorre diretamente através da epiderme das folhas. A temperatura para germinação dos esporos pode variar de 8 a 30 graus e sob alta umidade a temperatura ótima situa-se entre 18 e 21 graus.
Temperaturas noturnas amenas e presença de água na superfície das folhas, seja sob a forma de orvalho ou chuva bem distribuídas ao longo da safra, favorecem o desenvolvimento da doença. O patógeno somente sobrevive em plantas vivas.

Prevenção
O gerente de Negócios cereais Sul da Basf, diz que há como os produtores prevenirem as lavouras da ferrugem asiática. Para tanto, deve-se eliminar plantas voluntárias de soja da lavoura e outras plantas hospedeiras da família Fabacea. “O manejo da ferrugem da soja deve contemplar o controle químico de maneira preventiva com a aplicação de fungicidas de comprovada eficácia agronômica. A BASF recomenda a utilização do Sistema Agcelence, com aplicação de Comet no estádio vegetativo da soja seguido por aplicações de Opera no estádio reprodutivo. Caso a doença não seja controlada, haverá perdas de produtividade que em caso extremos poderá ser total”, explica.


(O AgroDectecta indica com até 10 dias de antecedência o aparecimento, ou não, da ferrugem na soja, bem como em outras 4 culturas)

Controle
Uma medida bastante importante que os produtores devem adotar é a destruição da soja "tiguera" e respeitar o vazio sanitário das regiões. “Uma das medidas é o diagnóstico, e logo o controle. A BASF, uma das maiores fabricantes de defensivos agrícolas do país, oferece com exclusividade o serviço chamado AgroDetecta, que oferece informações ao produtor rural indicando os melhores momentos para realizar as pulverizações visando o controle de diversas doenças, em culturas variadas. Incluindo a ferrugem”, acrescenta.

Seguindo o conceito de agricultura de precisão, o AgroDetecta atua por meio do monitoramento agrometeorológico, que é realizado por uma rede de estações meteorológicas e interpretadas por meio de modelos matemáticos de previsão de ocorrência de doenças. Desta forma, o sistema consegue indicar previamente o momento mais adequado para efetuar o combate. “Com o AgroDetecta o produtor é alertado com uma antecedência de até dez dias sobre a possível incidência de doenças. Com isso há uma diminuição nas eventuais perdas relativas à ocorrência de doenças. É mais um serviço da BASF com o objetivo de otimizar custos e aumentar a rentabilidade do agricultor”, explica Marcelo Batistela.

Ferrugem

A ferrugem atualmente é uma das principais doenças que acometem os sojicultores do Brasil todo, uma vez que reduz a produtividade das plantas. O fungo é disseminado pelo ar, através do vento e espalha-se rapidamente por diferentes áreas de plantio. Hoje é imprescindível o uso de tecnologia para que não haja a perda da lavoura e principalmente na busca de melhores resultados de produtividade.
 

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