domingo, 3 de março de 2013

Cerca de 30% da safra de feijão da região de Passo Fundo está comprometida
Pouca chuva no mês de novembro prejudicou as lavouras e reduziu a produtividade dos agricultores que colheram em média, 25 sacas por hectare
 
Os produtores de feijão concluíram a primeira safra do ano, com os resultados abaixo do esperado. As condições climáticas negativas, para o bom desenvolvimento da cultura, contribuíram diretamente para uma queda na produtividade de aproximadamente 30%.
De acordo com o agrônomo do escritório regional da Emater-RS de Passo Fundo, Cláudio Dóro, em média os produtores colheram 25 sacas por hectare plantado. Ele aponta, como principal motivo, a falta de chuvas durante o mês de novembro, período que registrou uma estiagem de 22 dias. “Com pouca umidade no solo, durante a época de floração e formação de vagens, o feijão acabou tendo um comprometimento da sua produtividade. A cultura, até aquele momento, vinha com um excelente potencial de produção, mas, infelizmente, o clima acabou não sendo favorável”, disse o agrônomo.
Durante o plantio, os agricultores projetavam uma safra que rendesse de 35 a 40 sacas de feijão por hectare, o que não foi confirmado, com o encerramento da colheita que aconteceu há cerca de duas semanas. Por outro lado, os preços estão compensando a quebra de safra, pois os produtores do grão estão conseguindo vender uma saca do produto a R$ 140,00. 
Conforme Dóro, o feijão é uma alternativa de renda que está dentro das pequenas propriedades rurais, onde uma parte das áreas é dobrada dificultando, desta maneira, o ingresso das máquinas para o plantio e colheita de outras culturas de grãos como, por exemplo, a soja. “Como feijão é, em sua grande parte, plantado e colhido de forma manual as terras de morros é que são as destinadas a receberem esta cultura”, explica o agrônomo.
Nos mais de 70 municípios assistidos pela Emater-RS, da região de Passo Fundo, foram plantados 7.700 hectares com feijão, cultura considerada de ciclo curto, pois entre o plantio e colheita são apenas 100 dias. O alimento também é considerado frágil em condições climáticas, um tanto adversa as suas necessidades com de boa umidade no solo, principalmente, quando estiver em fase de floração.

Segundo Dóro, a maior parte da produção de feijão comercial vem de municípios como; Vicente Dutra, Planalto e Irai, locais onde tem predominância as pequenas propriedades rurais. Parte dos agricultores aproveitam as áreas recém colhidas para a formação da safrinha de feijão, que tem colheita no começo de junho.
 

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