segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013


Produtividade média final da safra de milho na área de atuação da Cotrisa deve ficar em 70 sacas por hectare



A colheita de milho na área de atuação da Cooperativa Regional Santo Ângelo Ltda (Cotrisa) se aproxima da sua fase final. Informações prestadas ontem pelo coordenador técnico da empresa, engenheiro agrônomo Zécarlos Libardoni, dão conta que 95% dos 35 mil hectares plantados já se encontram colhidos. Ele salienta que a produtividade média final deverá ficar em 70 sacas por hectare que era a projeção inicial.
Zécarlos diz que o clima ideal para a cultura neste estágio de encerramento de colheita seria de tempo bom. No seu entender, a produtividade do milho colhido ficará dentro das expectativas da inicial estimada. 
Porém, ele observa que a cultura enfrentou alguns problemas no início do desenvolvimento vegetativo do cereal com a ocorrência de geadas e falta de chuvas no estágio de floração. "Por esse motivo, a região de abrangência da cooperativa não deverá superar a previsão antes do começo da semeadura que era também de 70 sacas/ha", justifica o agrônomo. Caso permaneçam as atuais condições climáticas, a colheita de milho deverá ser encerrada até a próxima semana.

PRAGAS NAS LAVOURAS DE SOJA
Entretanto, com o registro de poucas chuvas sucedidas de elevadas temperaturas, as lavouras de soja plantadas em uma área de 260 mil hectares na região vêm enfrentando problemas de surgimento de pragas e doenças. A produtividade inicial estimada pela Cotrisa era de 42 sacas por hectare. Toda área se encontra plantada. A cultura se encontra nas fases de floração e formação de vagem.
Entre as pragas e doenças detectadas por Zécarlos nas lavouras vistoriadas estão ferrugem e aparecimento de lagartas e percevejos que podem comprometer o potencial produtivo da cultura. Ele observa ainda que em áreas onde não foi aplicado fungicida adequadamente, há presença de ferrugem asiática na soja mas em uma minoria de propriedades rurais.
"Como a grande maioria dos produtores fez o manejo correto de produtos químicos, as lavouras estão livres dessa doença bem como de pragas", ressalva o agrônomo. Portanto, ele recomenda que o agricultor continue realizando esse controle para preservar o potencial produtivo da planta.
São poucas as localidades onde foram detectados focos de ferrugem asiática na soja. "O problema crucial enfrentado pela cultura seria a falta de chuva", ressalta. Ele cita que há municípios da região que não há registro de precipitações pluviométricas há cerca de 30 dias, exemplificando casos como São Pedro do Butiá, São Paulo das Missões, Roque Gonzales e Salvador das Missões.
Há ainda pontos isolados em outros municípios da região que a estiagem já dura aproximadamente um mês e as chuvas que ocorreram foram irregulares, lamenta. Portanto, ele acredita que em caráter emergencial a soja necessita de precipitações que variam de 40 a 50 milímetros por semana.

SOJA JÁ ENFRENTA PERDAS
Zécarlos acentua que a cultura já vem enfrentando perdas, porém não tem estimativas de percentual. "A cada dia sem chuva, a quebra na cultura se potencializa", resume. 
Neste sentido, o Departamento Técnico da cooperativa também recomenda que o produtor execute o manejo adequado das doenças e pragas, aplicando bioestimulantes que são produtos que reduzem o estresse da planta. E mesmo com as dificuldades de clima, o sojicultor terá uma resposta em produtividade.
Ele justifica que os produtos recomendados pela Cotrisa são baseados em resultados obtidos na safra passada, quando o agricultor os usou em parte das suas lavouras. "E onde os bioestimulantes não foram utilizados, as perdas foram totais", compara.
Levantamento da Cotrisa indica que na quarta-feira a média de chuvas registrada na sua área de atuação variou entre 15 e 20 milímetros. Porém, no Parque Industrial não houve registro de precipitação, o que torna a situação da soja cada vez mais preocupante informa Zécarlos.

FONTE:www.atribunars.com.br

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