sábado, 19 de janeiro de 2013

Quebra no feijão já alcança os 70% em Canguçu, no sul do RS.

Frio na fase de pré-floração, seca durante a floração e granizo em regiões isoladas motivaram as perdas
As lavouras ainda estão vistosas, mas 70% das vagens estão vazias em lavouras de feijão de Canguçu. As perdas foram em decorrência do tempo, que castigou a cultura em diversos estágios.
Segundo a Emater, foram vários os problemas. Primeiro o frio prejudicou a cultura durante o estágio de pré-floração. Em seguida, um curto período de estiagem atingiu em cheio a fase seguinte, que é a floração. No 5º distrito, região responsável por uma significativa parcela da produção do grão no município, até mesmo o granizo trouxe perdas, já durante o mês de dezembro.
ApostaO impacto só não será maior porque para esta safra muitos produtores abandonaram o plantio do feijão. A aposta foi em culturas como a soja, mais resistentes aos períodos de seca.
Este ano o feijão ocupa 3,5 mil hectares no município. São mil a menos que no ano passado. A soja está valendo bem mais e o mercado do feijão vem regredindo. As empresas compram muito grão de outros estados e também importam de outros países”, explica Samuel Rutz, engenheiro agrônomo e chefe do escritório da Emater em Canguçu.
Nos próximos dias o secretário de Agricultura do município, Cleider Menegoni, deve reunir representantes do setor para avaliar os problemas enfrentados pelos agricultores nos últimos dias. A equipe do secretário, que assumiu no dia 1º de janeiro, ainda não tem estimativas sobre o impacto financeiro que os problemas podem causar na economia do município.
PrejuízoEm áreas isoladas de São Lourenço do Sul prejuízo chega a 90%. Embora com uma área bastante inferior - em torno de 500 hectares - o município também sente os impactos do clima na cultura. Segundo a Emater, as perdas, de modo geral, variam entre 50% e 60%. Porém, em alguns locais a situação é mais delicada.
“Nossos técnicos já fizeram perícias em algumas lavouras que possuem seguro. Nestes locais as perdas chegam a 80%. Em alguns pontos bem isolados, é até mesmo de 90%”, conta o também agrônomo e chefe do escritório no município, Alfredo Decker.
No restante do Estado a situação é diferente. Algumas lavouras já passaram pelo processo de colheita e tiveram bom rendimento. Com isso, a primeira expectativa de produtividade média para a safra, que era de 1,28 tonelada por hectare, poderá ser superada. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário